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segunda-feira, outubro 18, 2004

Querido Diário:

Hoje vou falar das gajas casadas.
O povo diz que as casadas comem caladas. Bem, não é sempre verdade. Algumas até uivam!
Não tenho o fétiche das virgens. A única vantagem das virgens é só fitossanitária, e mesmo isso, hoje em dia... Além disso, só a própria é que sabe se é ou não. Elas não vêm com selo de garantia (o qual, aliás, é possível de iludir). E não esquecer que, mesmo que essa porta realmente se esteja a abrir pela primeira vez, elas têm outras.
Também não faço questão de só papar as que já foram papadas. Ensinar é uma nobre arte, e na horizontal é especialmente saborosa. Ou em pé, contra a parede.
As casadas são realmente um petisco que convém saborear, por várias razões.
Em primeiro lugar, se o objectivo é só comê-las (e que outro poderia haver?), em geral é de preferir as casadas. Como já têm outro que as ature e sustente, a gente fica só com o melhor. E são mais facilmente descartáveis.
Em segundo lugar, se estão disponíveis, é porque lhes falta algo. Ora, dar de comer a quem tem fome é uma das obras de caridade.
Porém, temos que tomar certas cautelas para provar este doce.
Basicamente, é preciso acautelar a nossa integridade física face ao marido.
Um bom truque é fazer por ser-lhe apresentado, de preferência ANTES de lhe pôr os cornos. Antes é muito mais fácil de disfarçar, e nem sequer é preciso mentir tanto.
Mas não se fique por aqui. Deve manter-se um certo convívio com o cornudo, antes, durante e depois de o encornar.
Esta familiaridade tem, para nós, a importante vantagem de ficarmos a saber os hábitos e horários do chifrudo. Podemos poupar-nos a surpresas desagradáveis, bem como a despesas de saúde.
Muitas vezes os maridos são uns estupores insuportáveis. Aliás, quanto mais o forem, maior a probabilidade de a esposa entrar no mercado. Mas é um sacrifício que vale bem a pena.
No entanto, é preciso estar sempre alerta. A gaja casada é, de todas, a mais perigosa.
A própria pode ser perigosa, porque tende a convencer-se a trocar o marido por nós. Ora, se ao outro pôs os cornos, só se formos burros é que acreditamos que a nós não os porá.
O marido, por seu turno, é perigosíssimo. Não há coisa pior que a fúria de um encornado.
Por tudo isto e muito mais, devemos estar sempre prontos a deitar fora esta delícia, mesmo que ainda tenha muito por onde comer.
Não há refeição que pague a chatice e a despesa de passar um mês no hospital.

boavisteiro

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