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quinta-feira, abril 28, 2005

Querido Diário:

Na queca, como na vida, há que juntar o útil ao agradável.
Vem esta sentença, cagada aqui logo na 1ª linha do post de hoje, a propósito de um tipo muito especial de gaja: a gaja-fantasia.
Todos temos fantasias. Uns é com sapatos de salto alto. Outros é com ovelhas. Enfim, há de tudo, como na farmácia. Mas há algumas fantasias mais ou menos universais, isto é, comuns a 99% dos gajos.
Ora, para nossa felicidade, há gajas que encarnam algumas dessas fantasias.
Uma das melhores é a Cabeleireira.
Quem pode esquecer as horas e horas passadas no WC com a Gina? Ah, a Gina...
Agora fala-se muito nessa paneleirice de educação sexual. Pois sim! No meu tempo, a educação sexual começava precisamente com a Gina, esse portento de pornografia barata, mas explícita e esclarecedora, apropriada para as mentes jovens, com as hormonas aos saltos e cheias de curiosidade e vontade de aprender.
Ora, um dos clássicos na Gina era a Cena da Cabeleireira.
Pois por que não realizar, enfim, essas fantasias da nossa juventude?
Cortar o cabelo é quase uma sessão de preliminares.
Senão, vejamos.
Chegamos lá e, como numa boa casa de putas, uma gaja (quase sempre boa) achega-se a nós e pede-nos com delicadeza o casaco, que a gente tira com gosto, e já a babar-se.
Passados instantes, estamos confortavelmente sentados. Aí, chega ao pé de nós outra gaja (quase sempre boa), que nos pergunta, suavemente: "Como vai ser...?". Depois passa-nos a mão pelo cabelo, pelo pescoço, pelas orelhas... E sempre ali, encostadinha, que a gente sente-lhe o perfume (e algo mais, com sorte).
É meio caminho andado, qual código postal da foda.
E tudo isto por menos de 20 euros. Não é mau negócio.
Qual Viagra, qual o caralho! Quem tenha falta de tesão, tem bom remédio: vá à cabeleireira!
Hoje fui à cabeleireira. E vou andar com este sorrisinho de felicidade lúbrica pelo menos até ao fim do dia.

boavisteiro

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