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quarta-feira, agosto 03, 2005

Querido Diário:

Ai as gajas da Net... Tinha mesmo que voltar ao tema, carago.
Há para aí muita gente que tem a mania de que, na Net, quem anda mais ao engate somos nós e não elas (como se isso fosse algum mal, fosga-se! Homem que se preze anda ao engate, que a gente fomos deitados neste Mundo foi para foder). Mas por acaso até é mentira.
Sim, quem realmente anda à caça, ou à pesca, ou como lhe queiram chamar, são as gajas. Ora, isso é bom. Muito bom! Poupamos trabalho, tempo, dinheiro e pachorra. É só vantagens.
Claro que já estou a ver uns merdosos a objectar: "ó boavisteiro, mas então, gajo que é gajo engata, não se deixa engatar".
Bem, em primeiro lugar queria dizer: ESTOU-ME A CAGAR PARA AS VOSSAS OPINIÕES! Este blog é meu (é pá, isto do Bold é uma maravilha!). Se querem ser ouvidos, façam um.
Ora bem. Quanto à tal objecção, eu digo: não, nada disso. Sejamos pragmáticos. Qual é o objectivo do engate? Não é dar uma queca? Ora, se a queca vem ter connosco, para que é que havemos de nos cansar a correr atrás dela? Quando um feroz lobo, de dentes afiados e a babar-se todo, anda à caça, será que vai protestar se um coelhinho, porque é doido ou cego, corre em direcção do lobo e não a fugir dele, será que o lobo vai protestar? Claro que não!
Certo é que a caça dá gozo. Está-nos no sangue. Nos genes. Nessas paneleirices todas. Fomos feitos para caçar. Neste caso, para caçar as gajas.
Claro que aqui se trata de uma caça especial, em que a presa está mortinha por ser apanhada. Mas, só para manter as aparências, a presa (para os burros: as gajas, foda-se, que vocês são lentos!) tem que fazer de conta que quer fugir. Faz umas negaças. Embora queira, finge que não quer. Enfim, é um bocado infantil, mas prontos. Também se fosse fácil demais, qual era a piada?
Tendo, pois, demonstrado com a minha impecável lógica fodilhóloga
[Do latim, fodilolugus: estudioso ou especialista da foda; ou então usado com o sentido de político. Sim, os romanos não eram burros. Mas morreram, por isso se calhar não eram lá muito espertos.]
que tanto elas como nós andamos na Net ao mesmo, cabe-me, a bem da ciência e do enriquecimento espiritual da Humanidade, esclarecer que o fazemos de maneiras diferentes.
Nós estamos sempre à caça, claro, seja na Net, no autocarro ou quando vamos comprar a Playboy e os cigarros ao quiosque da esquina. É um mode que está sempre on (é pá, isto do Italic é uma maravilha!). Por isso, dizer que vamos à Net para o engate é um pleonasmo.
Além disso, não andamos na Net só no engate. Também vamos lá para curtir um bocado, dizer mal das gajas e da equipa adversária, enfim, cumprir todos esses deveres patrióticos da nossa condição masculina.
As gajas não. As gajas, quando vão à Net, vão para o engate.
Nunca hei-de perceber porquê.
As gajas dizem, e com alguma razão, que nós não somos capazes de fazer várias coisas ao mesmo tempo.
[É que, ao contrário delas, gostamos de fazer as coisas bem feitas. Elas querem fazer tudo ao mesmo tempo, e acabam por não fazer nada de jeito. Excepto a queca. Mas até nisso 90% do mérito é nosso. Ou mais!]
Acho, pois, estranho que elas, as versáteis-que-fazem-n-coisas-ao-mesmo-tempo, na Net só pensem numa coisa. Acho bem, claro. Mas não deixa de ser estranho.
Mas enfim, acho muito bem. Continuem assim, filhas.
A gente agradece.

boavisteiro

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