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terça-feira, dezembro 05, 2006

Querido Diário:

Há muito tempo que tenho uma dor na alma. Bem, ok, não exactamente na alma. É mais nos tomates, acho eu. Mas é uma dor assim a fugir para o espiritual, embora se localize nos colhões.
Esta tremenda dor veio-me de repente, no dia em que vi a terrível notícia: a Catarina F. ia casar (não posso dizer o último nome dela, que o meu advogado não me deixa).
Fiquei mesmo lixado, pôrra.
A Catarina? Casar-se? Oh, céus!
Como 90% dos homens – os outros 10% são paneleiros, por isso não contam para o efeito – já perdi a conta às vezes que gozei o prazer solitário, mas gratificante, da punheta ao “som” de pensamentos lúbricos com a Catarina.
Era inevitável. Em primeiro lugar, ela é podre de boa. Em segundo lugar, tem aquele arzinho cândido, inocente, quase virginal, que torna a coisa ainda mais aliciante.
Ora, sendo um facto cientificamente provado que a Catarina povoa as fantasias masturbatórias do macho português – ou pelo menos do macho português não rabeta – isto faz dela uma instituição. É uma espécie de expropriação por utilidade pública.
É que a Catarina só pode manter o seu estatuto se tiver a aparência de não dar quecas. Não digo que não as dê, obviamente. A abstinência sexual faz mal à saúde, como toda a gente sabe. Por isso, até convém que ela foda desalmadamente, para manter aquele ar saudável e apetitoso.
Só que não deve parecer que fode.
Como é que o macho português, quando está a tocar gaita, pode apreciar devidamente aquele corpinho todo bom, se lhe vierem à mente as fotos do paspalho com quem ela se casou, espetadas nas capas das revistas do social? Não pode!
Por isso, apelo aos machos deste País. Faça-se um abaixo-assinado. Organize-se uma campanha de sensibilização. Promovam-se manifestações de rua.
Apelo também à própria visada, no interesse da felicidade dos homens de Portugal.
Catarina, escuta o que te pedem 4,5 milhões de portugueses. Divorcia-te! Melhor ainda: anula o casamento, de preferência com base na não consumação, mesmo que seja mentira!
Catarina, és a fantasia de todos nós. Ok, uma delas. Mas uma das mais queridas!
Catarina, ouve a voz de Portugal. Se gostas assim tanto do moço, depois de te divorciares, junta-te com ele. Mas fá-lo discretamente, para não nos estragares os sonhos molhados.
A bem dos orgasmos solitários do macho lusitano. Ou seja, a bem da Nação.

boavisteiro

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