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sexta-feira, janeiro 19, 2007

Querido Diário:

Como te contei há tempos, fui cortar a ponta da piroca, salvo seja: fui circuncidado.
Como também disse na altura, a culpa foi da puta da gaja que me fodeu o juízo na altura, e minha por ter cedido à chantagem daquela porca.
Passado mais de meio ano, esta merda ainda me dói, pôrra.
Já dizia o falecido Variações, na cantiga: quando a cabeça não tem juízo, o corpo
é que paga. Bem, neste caso quem pagou as favas foi a cabeça. A de baixo.
Bem dizia a minha mãezinha, que Deus tenha: meu filho, cuidado com o que metes à boca. Oh, que razão tinha ela…
(Não, não vou hoje confessar tudo o que me passou pela boca, na porca da vida que tenho levado. Confissão tão nojenta vai ter que ficar para outro dia.)
Farto eu de saber que burras e que sacanas as gajas são, e fui fazer uma asneira destas!
Em primeiro lugar, não gosto nada do aspecto novo da minha piroca. Gostava muito mais do look clássico que ela antes tinha, com a cabecinha toda cobertinha. Agora parece sei lá o quê, de cabeça descoberta. Eu dantes adorava ver-me ao espelho, enquanto fodia a minha mais recente conquista, ou mesmo naqueles diálogos íntimos que mantinha com o meu pénis (para os panascas burros: punhetas). Gostava de admirar o perfil do meu vergalho.
Agora, olho para ele e suspiro de desgosto.
Mas isso até acabava por aceitar, se não fosse o resto.
O pior de tudo, me parece, é que o raio da operação me fodeu as punhetas.
Já agora, aproveito para esclarecer alguns equívocos sobre a espiritual arte de tocar o bicho.
Bater uma é um acto de puro amor. Gratuito, sem esperar qualquer recompensa, a não ser o próprio acto. Além disso, é uma prenda que dou à pessoa que mais amo no Mundo. Aliás, é a única prenda que dou sem querer nada em troca.
Ou seja: quando estou a tocar gaita, estou no meu melhor. Transcendo-me espiritualmente.
Há quem pense que masturbação é sintoma de frustração. Eu cá digo a esses: se quisesse a vossa opinião, pedia-a, mas não peço, porque não dá jeito quando vos estou a ir ao cu. Abaixem as cabeças, abram bem esses cus rotos, e deixem-nos a todos em paz!
Uma das burrices das gajas é ficarem lixadas, quando (antes, durante ou depois de as foder) me ponho a brincar com a pila. Sentem-se despeitadas. Porém, não tinham nada que se sentir assim. O facto de se comer aperitivos, ou sobremesa, não põe nada em causa a qualidade da refeição.
Como dizia, a operação deu-me cabo das actividades masturbatórias.
Durante as mais de quatro décadas que já levo de vida, fui muito feliz, nas conversas íntimas com o meu caralho. Usava uma técnica muito simples, mas muito eficaz e que exigia pouco esforço.
Agora, está tudo mudado! Bater uma é quase um acto de malabarismo, porque a ponta da pichota ainda me está dorida. O caralho do médico disse que, com o tempo, isto passava. Pois, pois. Quanto tempo, meu filho da puta? E daqui até lá, como me alivio, minha avantesma? Fazes-me tu um broche, é?
Foda-se.

boavisteiro

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